A Volatilidade de Ativos na B3.

A volatilidade de ativos na B3, a Bolsa de Valores brasileira, é um conceito fundamental que impacta diretamente os investidores e traders.

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Marco de Carvalho

9/10/20234 min read

A volatilidade de ativos na B3, a Bolsa de Valores brasileira, é um conceito fundamental que impacta diretamente os investidores e traders. Ela se refere à flutuação ou variação dos preços dos ativos financeiros ao longo do tempo. A B3 é conhecida por apresentar ativos com diferentes níveis de volatilidade, e entender esse fenômeno é essencial para tomar decisões informadas no mercado financeiro.

É influenciada por uma série de fatores, que incluem eventos econômicos, políticos e globais, bem como notícias relacionadas a empresas específicas.

Pontos sobre o assunto devem ser avaliados em abordagens operacionais. O primeiro está relacionado à natureza dos ativos, pois a B3 abriga uma variedade significativa de ativos, desde ações de empresas de grande capitalização até opções e contratos futuros. A volatilidade varia entre esses ativos, com ações de empresas menores frequentemente apresentando maior volatilidade em comparação com ações de empresas mais estabelecidas.

Em função disso, medição da volatilidade é uma parte essencial da análise de mercado na B3, e diversos índices e indicadores são utilizados para acompanhar e quantificar esse fenômeno. Um dos indicadores amplamente empregados é o True Range, que descreve a amplitude real de movimento dos preços durante um período específico.

Ele é frequentemente associado à criação do indicador Average True Range (ATR), que oferece uma visão mais suave e compreensível da volatilidade ao longo do tempo. O ATR calcula a média das variações de preço (valores absolutos) ao longo de um determinado número de períodos, geralmente 14 dias. Isso ajuda a identificar a volatilidade média de um ativo e é especialmente útil para traders que desejam ajustar suas estratégias com base na volatilidade atual.

Além do True Range e do ATR, a B3 também utiliza outros índices de volatilidade, como o Ibovespa Volatilidade (IVBX) e o Índice de Volatilidade (VIX), que fornecem informações valiosas sobre a volatilidade do mercado brasileiro.

Esses indicadores e índices são ferramentas importantes para investidores e traders, pois ajudam a avaliar o nível de risco envolvido em suas decisões de negociação. Quando a volatilidade aumenta, os valores do True Range e do ATR tendem a subir, sinalizando a necessidade de maior cautela e gestão de riscos. Por outro lado, em momentos de baixa volatilidade, os valores desses indicadores tendem a ser mais estáveis, o que pode influenciar as estratégias de negociação.

Cabe ressaltar que para traders, a volatilidade pode ser uma aliada, pois permite a exploração de movimentos de preços em curtos períodos. Estratégias de day trading e swing trading frequentemente se baseiam na volatilidade, no entanto, estratégias de gerenciamento de riscos sólidas devem ser geradas para lidar com a volatilidade.

No que tange aos investidores de longo prazo, esses também devem estar cientes da volatilidade, mas podem optar por ignorar as oscilações de curto prazo e focar em objetivos de investimento de longo prazo.

Os Ativos que geralmente tem maior volatilidade são os que se enquadram nas seguintes situações:

  • Ações de Empresas de Pequena e Média Capitalização: Ações de empresas de menor capitalização de mercado (small caps e mid caps) tendem a ser mais voláteis do que as ações de grandes empresas, já que estão sujeitas a mudanças mais abruptas em suas perspectivas financeiras;

  • Opções e Contratos Futuros: Opções e contratos futuros, incluindo o Mini Índice e o Mini Dólar, são conhecidos por sua volatilidade, especialmente durante períodos de eventos econômicos significativos ou anúncios de política;

  • ETFs Alavancados e Inversos: ETFs (Exchange-Traded Funds) projetados para replicar retornos alavancados ou inversos de índices, como o BOVA11 e o BOVV11, podem ser extremamente voláteis devido ao seu design específico;

  • Empresas em Setores Voláteis: Empresas em setores voláteis, como empresas de tecnologia, biotecnologia e energia, podem apresentar flutuações significativas de preços devido a mudanças rápidas em condições de mercado e fatores setoriais;

  • Ações de Empresas com Notícias Relevantes: Ações de empresas que divulgam resultados financeiros, anunciam fusões e aquisições, enfrentam problemas legais ou têm eventos significativos podem experimentar picos de volatilidade;

  • Ações de Commodities: Ações de empresas relacionadas a commodities, como petróleo, mineração e agronegócio, muitas vezes são influenciadas pelos preços dessas matérias-primas e podem ser voláteis em resposta a mudanças nos mercados de commodities;

  • Ações em Períodos de Crise ou Incerteza: Em momentos de crise econômica ou incerteza política, as ações em geral podem se tornar mais voláteis à medida que os investidores buscam proteger seus investimentos;

  • Pequenas Empresas em Crescimento: Empresas menores com alto potencial de crescimento podem experimentar volatilidade à medida que os investidores avaliam o potencial dessas empresas.

Uma estratégia popular que utiliza o indicador ATR é conhecida como "Volatilidade Breakout". Esta estratégia é frequentemente usada por traders que buscam aproveitar movimentos significativos de preços após períodos de baixa volatilidade e é trabalhada da forma a seguir.

Primeiro, o ATR deve ser calculado com base no número de períodos desejado (por exemplo, 14 dias) para obter a volatilidade média atual do ativo, depois os níveis de suporte e resistência significativos no gráfico do ativo devem ser determinados.

Observe o ATR para identificar períodos de baixa volatilidade, onde o ATR é menor do que a média histórica. Isso indica que o mercado está se consolidando. Quando a volatilidade estiver historicamente baixa e o ATR começar a subir, configure ordens de compra acima do nível de resistência e ordens de venda abaixo do nível de suporte. Essas ordens são conhecidas como "ordens de breakout".

Monitore a negociação e ajuste os níveis de stop-loss e take-profit conforme a volatilidade continua a evoluir. Saia da negociação quando ocorrer um movimento significativo de preço a seu favor.

Sempre use stop-loss para gerenciar riscos e proteger seu capital. A distância do stop-loss pode ser baseada na volatilidade atual do ativo, conforme indicado pelo ATR.

Essa estratégia de "Volatilidade Breakout" permite que os traders aproveitem os momentos em que o mercado sai de uma fase de consolidação para uma tendência mais clara, buscando ganhos significativos em movimentos de preços mais amplos. No entanto, como em qualquer estratégia de negociação, é essencial realizar testes em simulador, como TradingView, e praticar a gestão de riscos adequada para mitigar perdas potenciais.

A Volatilidade de Ativos na B3.